Esdras já foi proprietário de uma fábrica de roupas que faliu durante a pandemia e costumava comparecer, com o Porsche, aos acampamentos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro
O empresário mineiro Esdras Jônatas dos Santos é investigado e atualmente está foragido por envolvimento no financiamento e organização dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para não ser preso, ele fugiu para os Estados Unidos (EUA) com a ex-esposa, Kathy Le Thin Thanh My dos Santos. No entanto, a vida no país estrangeiro não tem sido fácil, já que Esdras tentou vender um Porsche, avaliado em R$ 400 mil, para arcar com as despesas e se manter nos EUA. O veículo, no entanto, foi apreendido pela Polícia Federal em abril.
Esdras já relatou estar vivendo em condições extremas, a ponto de precisar se alimentar de lixo para sobreviver. Seguindo a cartilha bolsonarista, ele culpou Alexandre de Moraes, pela situação e afirmou que “o ministro está caçando a liberdade dos brasileiros”.
De acordo com o portal Uol, Esdras adquiriu o carro de luxo por R$ 330 mil e depois tentou vendê-lo através do perfil no Instagram. “Estava sendo vendido em uma concessionária por R$ 200 mil, metade do valor, para que eu pudesse alimentar meu filho aqui fora”, afirmou ele. O veículo está registrado em nome de Kathy.
A Polícia Federal apreendeu o Porsche em abril deste ano, o que gerou contestação por parte de Esdras. Ele negou todas as acusações. Atualmente, ele e Kathy residem em Fort Lauderdale, na Flórida, e estão proibidos de usar redes sociais.
Ambos possuem mandados de prisão em aberto, além de terem suas contas bancárias bloqueadas e passaportes cancelados por determinação do STF. Esdras, que já foi proprietário de uma fábrica de roupas que faliu durante a pandemia em 2021, costumava comparecer aos acampamentos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro em seu Porsche, onde gravava vídeos e encorajava a participação de outras pessoas.
Esdras, que não fala inglês e não possui emprego, vive de favores nos Estados Unidos. Sua ex-esposa, Kathy, é acusada de ter organizado, contratado e possivelmente financiado o fretamento de, pelo menos, dois ônibus que levaram manifestantes para os atentados. O casal fugiu para os Estados Unidos dois dias após o ataque.
Embora estejam separados e enfrentando um processo de divórcio nos EUA, a Polícia Federal informou que Esdras continua utilizando as redes sociais para pedir dinheiro. Ele foi descrito como “um dos principais líderes e organizadores do acampamento montado em frente ao 4º Comando do Exército em Belo Horizonte”. Esdras, que já estava sendo investigado pela Polícia Civil por outros crimes em 2022, continua a negar todas as acusações.