DF desmonta últimas tendas para pacientes com dengue

Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

Entidades criticaram a eficácia das tendas no enfrentamento à epidemia de dengue

Nesta semana, serão desmontadas as últimas três tendas de hidratação para pacientes com dengue no Distrito Federal. As estruturas, localizadas na Asa Norte, Varjão e Areal, serão desmontadas, uma por dia, até 27 de junho. As tendas foram instaladas em abril e apresentaram diversas falhas estruturais, além de um custo muito acima da média, tendo como referência, por exemplo, as tendas para Covid-19, montadas durante a pandemia.

Criadas para ampliar o acesso ao atendimento de pacientes com sintomas de dengue e aliviar a carga sobre outras unidades de saúde, as tendas estavam posicionadas próximas às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), a estratégia do governo do Distrito Federal foi ineficaz. Segundo a entidade, as tendas, entregues com atraso, não conseguiram aliviar a sobrecarga da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O grupo destacou que deslocar profissionais para as tendas acabou desfalcando as Unidades Básicas de Saúde (UBS), comprometendo a capacidade de atendimento para outras demandas.

Cada instalação contava com uma equipe composta por coordenador, médicos (incluindo pediatra), enfermeiros, técnicos de enfermagem e de laboratório, especialistas em laboratório, assistentes administrativos, farmacêuticos, pessoal de limpeza e seguranças. Foram investidos, ao todo, R$ 28.375.877,64. Para termos de comparação, uma tenda similar para o tratamento da Covid-19 custou cerca de R$ 4.299,37.

De acordo com o governo do Distrito Federal, no total, as 11 tendas instaladas desde abril realizaram mais de 54 mil atendimentos, efetuaram 634 transferências e realizaram mais de 62 mil exames.

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