Deputado dá “mata-leão” em mulher acusada de venda ilegal de animais

Briga ocorreu durante uma operação que visava resgatar filhotes de cachorro vendidos em condições precárias

Durante uma operação, coordenada pela 1ª Delegacia de Investigações de Infrações contra o Meio Ambiente em uma feira na zona oeste de São Paulo, o deputado estadual Rafael Saraiva (União Brasil) deu um “mata-leão” em uma mulher que é alvo das investigações. A cena foi registrada em vídeo. A mulher é suspeita de criar cachorros e comercializar os filhotes de forma ilegal. O parlamentar justificou que a ação foi necessária para proteger sua irmã, Vitória Penna, veterinária da ONG onde ele atua, que estava sendo agredida no local.

A operação visava a retirada de filhotes de cachorro vendidos em condições precárias. Em uma das áreas de atuação, na Avenida Doutor Gastão Vidigal, os criadores de animais reagiram com violência quando os cães começaram a ser removidos. Uma das mulheres tentou impedir a ação, com agressões. Durante o tumulto, Vitória Penna tentou defender o deputado e também foi agredida. Saraiva explicou que usou o “mata-leão” para imobilizar a agressora e proteger a irmã.

Saraiva, sua irmã e outra veterinária da ONG, que também foi agredida, registraram boletim de ocorrência e buscaram atendimento no Instituto Médico Legal (IML) para denunciar as lesões corporais.

O deputado acusou os criadores de provocarem a briga para recuperar os animais e afirmou que alguns deles foram à Assembleia Legislativa (Alesp) na segunda-feira (22) para pressionar por uma denúncia contra ele no Conselho de Ética. O deputado é o autor de uma lei estadual que proíbe a venda de animais em vitrines e exige que filhotes sejam vendidos apenas após completarem 120 dias de vida, além de estarem vacinados e castrados.

A operação de domingo resultou no resgate de 65 filhotes de cachorro em condições de maus-tratos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os animais estavam expostos ao sol e superlotados em espaços pequenos, além de terem passado longos períodos dentro de carros e caixas plásticas. As barracas de venda também estavam sem comprovantes de vacinação, e os filhotes não eram castrados nem microchipados, em desacordo com a legislação.

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