Crise sem fim: 85% das 27 UBSs fiscalizadas estão em péssimas condições

Das unidades visitadas pela fiscalização, impressionantes 14% foram consideradas boas no quesito estrutural

Segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira (20), o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) verificou que 85% de 27 unidades básicas de Saúde (UBSs) fiscalizadas no DF estão em péssimas condições.

As 27 unidades básicas de Saúde ficam nas seguintes regiões administrativas: Ceilândia, Gama, Guará, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo 2 e São Sebastião.

O levantamento só mostra a triste realidade, a crise sem fim na saúde pública do Distrito Federal. Das unidades visitadas pela fiscalização, impressionantes 14% foram consideradas boas no quesito estrutural.

Nas UBSs havia inadequações primárias como infiltrações e paredes ou pisos danificados. Também foram encontradas falhas no armazenamento de fármacos, umidade em salas de medicação, coberturas danificadas e telhados descobertos.

De acordo com o relatório, o número reduzido de profissionais em atividade assusta, em algumas regiões administrativas do DF há apenas dois agentes comunitários de saúde para atender até quatro mil pessoas, quando a recomendação para cada equipe de Saúde da Família (composta por até 12 agentes) o número máximo de 3 mil pessoas atendidas.

Caos na saúde do DF

Não são só as UBSs que estão em completo caos, representantes da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) estão realizando vistorias nos Hospitais Regionais, e é claro, os resultados foram os piores possíveis.

No Hospital Regional de Planaltina, faltam pediatras para darem fluxo ao atendimento das crianças, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e até assistentes sociais.

Há 16 leitos, mas havia 30 pessoas internadas. Muitas delas em macas nos corredores. Falta tomógrafo e outros equipamentos básicos para a realização de exames.

No dia 3 de julho, a comissão foi até o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde flagrou superlotação, equipamentos em falta e número de profissionais de saúde aquém do necessário.

Segundo relatos, faltavam macas para os pacientes da quimioterapia e haviam pacientes que não conseguiam receber os tratamentos sentados em cadeiras. No pronto-socorro há 68 leitos, mas havia 80 pessoas sendo tratadas.

 

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