Este é o segundo aumento consecutivo dos juros no país, além de ser a maior elevação da taxa desde maio de 2022
Em um movimento amplamente antecipado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (6) aumentar novamente a taxa Selic, elevando-a de 10,75% para 11,25% ao ano.
A decisão, tomada por unanimidade entre os nove membros do comitê — incluindo o presidente Roberto Campos Neto e outros diretores — representa mais um golpe para o crédito e para o já fragilizado crescimento econômico do país.
O comunicado emitido pelo BC destaca que o cenário global permanece “desafiador”, apontando a incerteza na economia dos Estados Unidos como um dos principais fatores de pressão.
O documento também menciona as políticas monetárias rigorosas nas principais economias como um desafio, sugerindo que a cautela é necessária para os países emergentes.
Em relação ao cenário doméstico, o BC voltou a pressionar por “medidas estruturais” para o equilíbrio fiscal, uma cobrança que recai sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governo, por sua vez, tem trabalhado na formatação de um pacote de cortes de gastos, que, segundo o BC, poderá ajudar a conter a inflação e os prêmios de risco.
Este é o segundo aumento consecutivo dos juros no país, além de ser a maior elevação da taxa desde maio de 2022.