A recomendação do Conselho de Ética precisará ser aprovada pelo plenário da Câmara por, no mínimo, 257 dos 513 deputados
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28), o pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), após acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 2018.
O parecer foi aprovado por 15 votos favoráveis, 1 voto contrário e uma abstenção.
A decisão do órgão seguiu o entendimento da relatora do caso, Jack Rocha (PT-ES), que defendeu a perda do mandato de Brazão por condutas incompatíveis com o decoro parlamentar.
Para que Chiquinho Brazão perca o mandato, a recomendação do Conselho de Ética precisará ser aprovada pelo plenário da Câmara por, no mínimo, 257 dos 513 deputados. Ou seja, a palavra final sobre o futuro do parlamentar caberá ao conjunto dos deputados.
Desde 24 de março, Chiquinho Brazão está preso por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Durante a sessão desta quarta-feira, ele se defendeu de forma remota, alegando sua inocência. “Sou totalmente inocente nesse caso. A vereadora Marielle era minha amiga, comprovadamente. […] Não há uma única testemunha que me acuse. A versão em relação a mim e ao meu irmão é totalmente descabida”, declarou o deputado.
Além de Brazão, seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, também estão presos. Todos negam qualquer envolvimento no crime.