Decisão foi assinada pelo juiz de direito Bruno Aielo Macacari na segunda-feira (1º), e Alan Diego começou a cumprir o regime aberto a partir de terça-feira (2)
A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) concedeu progressão para o regime aberto a Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão por colocar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília em dezembro de 2022. Na época, manifestastes bolsonaristas estavam acampados em frente aos quarteis generais do país, em protesto contra a vitória do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. No caso em específico, segundo as investigações, três homens planejaram o atentado no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
A decisão foi assinada pelo juiz de direito Bruno Aielo Macacari na segunda-feira (1º), e Alan Diego começou a cumprir o regime aberto a partir de terça-feira (2). Segundo a defesa de Alan, ele atendeu a todos os requisitos necessários para a progressão de pena.
O pedido de progressão também foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aguardando resposta. Alan Diego estava detido desde 17 de janeiro de 2023, quando se entregou na delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, Mato Grosso.
Em 19 de janeiro, ele confessou à polícia ter recebido a bomba colocada em um caminhão no acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Exército antes dos eventos de 8 de janeiro de 2023.
Alan foi condenado por participar da instalação de um artefato explosivo próximo ao aeroporto da capital federal. Além desse incidente, ele também esteve envolvido nos ataques organizados por apoiadores de Bolsonaro em 12 de dezembro em Brasília.
Os outros dois outros envolvidos no atentado também foram condenados. São eles:
- George Washington de Oliveira Sousa: condenado a 9 anos e 8 meses de reclusão, mais 55 dias-multa, iniciando em regime fechado (anteriormente, havia sido condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão). Em maio deste ano, passou para o regime semiaberto.
- Wellington Macedo de Souza: condenado a seis anos de prisão, começando em regime fechado, além de multa de R$ 9,6 mil.
Inicialmente, os criminosos planejavam colocar o explosivo perto de um poste para afetar o fornecimento de energia elétrica na capital. No entanto, de última hora, decidiram colocar o artefato em um caminhão carregado com querosene de aviação. O motorista do caminhão notou um “objeto estranho” e alertou a Polícia Militar, que detonou o explosivo. O incidente não afetou as operações do aeroporto, conforme relatado pelas autoridades.