Com medo da derrota, Bolsonaro pediu para que Tarcísio se afaste de Nunes

Tarcísio deve falar com Bolsonaro, que vai liderar no dia 7, um protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou para o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) ficar distante da campanha de Ricardo Nunes (MDB) por pensar que o prefeito pode sair derrotado das eleições.

Em declaração aos jornalistas, na manhã desta terça-feira (3), o governador pareceu ignorar as dicas de Bolsonaro e está disposto a brigar pela vitória de Nunes contra os adversários mais perigosos, como Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB).

Tarcísio deve receber o ex-presidente, que vai liderar no dia 7 um protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.

O governador afirmou que vai tentar falar com Bolsonaro para que ele reforce o apoio ao prefeito e grave uma participação na campanha eleitoral de Nunes.

“Eu vou conversar com o presidente só para ajustar essa questão, mas é uma pessoa super importante, uma pessoa que eu tenho toda gratidão, uma pessoa que também abençoou essa candidatura do Ricardo, que é a candidatura que dá resultado e a melhor propaganda para a direita é o resultado”, afirmou o governador 

Fenômeno Marçal

A avaliação bolsonarista teme que Marçal possa subir ainda mais nas pesquisas, e colocaria de vez o atual prefeito no fundo do poço na disputa e não iria para o segundo turno.

Tarcísio, otimista, vem dizendo a todos que não pode admitir a possibilidade de Nunes não vencer e que vai trabalhar pela vitória do aliado, mesmo com suas redes sendo bombardeadas de críticas nas últimas semanas

Segundo a campanha de Nunes, a sequência de crescimento de Marçal parou, e atribuíram o resultado a um maior conhecimento do candidato e aumento de sua rejeição, associada à postura considerada agressiva do rival.

Durante uma inserção, Tarcísio passa um recado “para todos os conservadores”, e diz que o prefeito é “contra a ideologia de gênero, contra a liberação das drogas, contra a doutrinação das escolas e a favor da vida desde a concepção”.

O governador é totalmente contra a ideia de apoiar Marçal, visto que em um eventual governo de Marçal na capital seria ruim, tanto porque seria complicado fazer parcerias entre estado e município, quanto porque poderia respingar negativamente em sua própria avaliação.

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