Lula já criticou o fato de o presidente da República eleito, não poder indicar diretamente o presidente do Banco Central
Nesta terça-feira (2), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu às inúmeras críticas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que as decisões da instituição teriam cunho político.
O presidente da autarquia, defendeu que o trabalho do banco é técnico e que é preciso afastar a “narrativa política”. O mandato de Campos Neto irá até 31 de dezembro.
Ele inclusive, já deixou claro que não irá se afastar do cargo antes do fim de seu mandato, mesmo após pressões impostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Temos que nos afastar da arena política e tentar continuar com o trabalho técnico. E acho que o que fizemos é uma prova viva de que tudo que foi feito foi muito técnico”, afirmou o presidente da instituição em evento com líderes de bancos internacionais.
Campos Neto ainda relembrou que, em 2022 a taxa de juros chegou 13,75%, a maior em um ano eleitoral. “Se isso não é uma prova de que você é independente, e você agiu autonomamente, é difícil encontrar outro exemplo como esse”, disse o presidente da autarquia.
Críticas de Lula
Lula já criticou o fato de o presidente da República eleito, não poder indicar diretamente o presidente do Banco Central. Ele elucidou que está há dois anos com o presidente do BC que foi indicado pelo ex-presidente Bolsonaro.
Lula defendeu que o correto seria o presidente da República fazer a indicação do presidente do BC e, se necessário, removê-lo. O mandatário ainda citou como exemplo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que removeu três presidentes do BC durante o mandato.