O dólar registrou hoje uma queda de 1,714%, cotado a R$ 5,56
Nesta quarta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, que a responsabilidade fiscal é “um compromisso do governo”. A declaração vem em meio à crise com o mercado financeiro nos últimos dias.
O chefe do executivo discursou sobre o tema durante o anúncio do Plano Safra da agricultura familiar: “Aqui, nesse governo, a gente aplica o dinheiro que é necessário. A gente gasta com educação e saúde, naquilo que é necessário. Mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso desse governo desde 2003. E a gente manterá ele à risca”, disse Lula.
No início da manhã, o presidente se reuniu com o ministro Fernando Haddad. Segundo interlocutores, o encontro foi para discutir a questão fiscal do país.
O dólar registrou hoje uma queda de 1,714%, cotado a R$ 5,56. Na véspera, a moeda americana fechou em alta de 0,22%, a R$ 5,66, depois de ter atingido R$ 5,70 durante o pregão.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também participou do evento, foi questionado sobre possíveis intervenções para valorizar o real em relação ao dólar.
“O câmbio vai acomodar. Tudo que nós estamos fazendo e entregando, e os compromissos do presidente”, afirmou o ministro.
Críticas ao BC
Lula não poupou críticas ao falar do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Para Lula, é inadmissível o presidente do Banco Central não ser alinhado com o atual mandatário do país:
“Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto isso”, disse Lula.
O presidente ainda afirmou que Campos Neto tem “lado político” que prejudica o país.
Final do ano, Lula terá que indicar o novo presidente do BC para o mandato de quatro anos. O nome precisará ser aprovado pelo Senado Federal.