Caiado, que mantém posição crítica ao governo Lula, acusou o Executivo federal de se omitir diante dos problemas mais graves do país
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), atribuiu as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, nesta quarta-feira (13), à falta de liderança do governo federal sob Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em publicação feita nesta quinta (14) no X, Caiado classificou o atentado, que resultou na morte de uma pessoa, como um reflexo de um “país à deriva”. Para ele, o avanço do extremismo e do crime organizado é consequência direta da suposta apatia e fraqueza da atual gestão federal.
“Há meses venho alertando: a ausência de um líder forte e a falta de comando no país abriram caminho para o extremismo e o crime organizado. Primeiro, assistimos a faccionados executando pessoas à luz do dia no Aeroporto de Guarulhos. Agora, vemos atos terroristas na Suprema Corte e no Congresso Nacional”, escreveu o governador.
Caiado, que mantém posição crítica ao governo Lula, acusou o Executivo federal de se omitir diante dos problemas mais graves do país e de “ajoelhar-se” diante do crime organizado. O governador afirmou que, sem uma reação firme e imediata, o crime pode se alastrar e dominar a sociedade brasileira, mergulhando o país em desordem.
“Precisamos de medidas duras e enérgicas, ou correremos o risco de nos tornar um país comandado pelo crime e pela desordem”, finalizou Caiado.
O atentado, que aconteceu na noite de quarta-feira (14), foi protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC), conhecido como ‘Tiu França’. Ele detonou explosivos perto do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Anexo IV da Câmara dos Deputados, o que levou ao isolamento da Praça dos Três Poderes e à evacuação dos ministros do STF.
Como resposta, a segurança foi reforçada nos palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu, enquanto a Polícia Civil do Distrito Federal realizava a perícia no local.
Diante da tragédia, as declarações de Caiado soam como uma tentativa de capitalizar politicamente o evento, transferindo toda a responsabilidade ao governo federal e desconsiderando o papel compartilhado das diferentes esferas de governo na manutenção da segurança pública.