Por Mino Pedrosa
A candidata que se apresenta levantando como principal bandeira o seio familiar, na verdade, é o avesso do que prega e o eleitorado já entende o discurso como falso.
A mulher e deputada federal Flávia Arruda vem liderando as pesquisas eleitorais para a única cadeira vaga no Senado pelo Distrito Federal. Ela, no entanto, enfrenta uma adversária com potencial histórico e que realmente se apresenta como defensora da família.
A verdade é que, enquanto Flávia cresceu politicamente utilizando o poderoso nome do marido e cavalgou rumo ao Planalto no colo de caciques da política nacional, como foi revelado pelo Fatos Online, em trecho de matéria que dizia o seguinte;
Damares Alves, sua adversária, expõe uma triste história de vida com cicatrizes, mas que condiz com o discurso que prega.
Violentada na infância, Damares chegou ao posto de ministra com um currículo de vida independente. Atualmente, a candidata que nasceu em um lar de uma família muito pobre, cresce nas pesquisas surpreendendo até o próprio eleitorado que a enxerga como uma mulher sofrida, mas que superou as adversidades da vida.
Flávia, porém, busca retirar o apoio dos conservadores e dos evangélicos de Damares tentando pregar o que provou não ser, uma mulher de família. A mais recente pesquisa eleitoral, publicada pelo Ipec, apontou que Flávia estagnou, enquanto a ex-ministra dos Direitos Humanos disparou para 19%.
Em 2006, Arruda ainda casado com Mariane Vicentini conheceu a então Flávia Péres durante a campanha ao Buriti. A jovem mulher havia sido contratada pelo principal assessor de Arruda à época, Fábio Simão, para seduzir o político que viria a se tornar governador eleito.
A jovem morena de curvas acentuadas logo fez o poderoso político ceder aos encantos traindo a esposa, mãe de um de seus filhos. Flávia, dessa forma, ganhou o seu primeiro título de primeira-dama, que durou pouco tempo, já que Arruda foi preso e cassado poucos anos depois.
Sem os direitos políticos, Arruda decide conceder o segundo título à nova e esbelta mulher, a de deputada federal eleita. Não esperava Arruda, que Flávia, ao entrar no mundo político, se tornasse a queridinha dos demais caciques que comandam a política, em especial, no Congresso Nacional.
Flávia Arruda logo buscou a independência a partir da intimidade com o verdadeiro líder do Centrão, o atual ministro Ciro Nogueira, que a pegou no colo e a impulsionou rumo ao Palácio do Planalto.
O incomum impulso também contou com o afago do presidente da Câmara, Arthur Lira, o que a fortaleceu para que logo caísse nos braços do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
A deputada ganha o título, então, de ministra e cai nas graças do presidente.
Com toda a movimentação atípica, a trajetória política de Flávia passa a virar assunto nas rodas de políticos, isolando Arruda, que tinha como projeto fazer Flávia a nova governadora do DF.
A atual candidata ao Senado, contudo, querendo buscar independência, frustrou o desejo do marido, que passou a morar em um apartamento na Asa Sul, bairro nobre de Brasília.
Dessa maneira, as ambições políticas de Flávia a afastaram do padrinho, que decidiu buscar uma candidatura própria na Justiça. Logo após o lançamento oficial da candidatura de ambos, o casal entrou em um acordo fingindo estar tudo às mil maravilhas para enganar o eleitorado.
A farsa continua, mas com a chegada de Damares Alves pelas mãos da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que havia se irritado com os gracejos de Flávia com o presidente, o discurso da família Arruda passou a ser visto pela população como apenas uma manobra eleitoreira. A quem diga, que ao passar as eleições, a “lua sem mel” do casal chegará ao fim.