Bolsonaro aproveitou para alfinetar a oposição, afirmando ser “difícil achar gente boa” em partidos como PT, PCdoB e PSOL
O ex-ministro Aldo Rebelo, que integrou os governos de Lula e Dilma Rousseff, foi recentemente exaltado por Jair Bolsonaro. Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, Bolsonaro surpreendeu ao chamar Rebelo de “cara fantástico”, mencionando seu interesse em tê-lo como ministro em um possível retorno à Presidência.
A fala, inicialmente divulgada pelo portal Metrópoles, ocorreu em um contexto de defesa de “renovação política” por Bolsonaro, que, no entanto, encontrou elogios para Rebelo, ex-PCdoB, um nome historicamente distante do conservadorismo do ex-presidente.
Durante a entrevista, Bolsonaro aproveitou para alfinetar a oposição, afirmando ser “difícil achar gente boa” em partidos como PT, PCdoB e PSOL, insinuando que “quem tinha já saiu fora” dessas legendas.
Ao se referir a Rebelo, o ex-presidente declarou que não “iria atirar nele” por seu histórico no partido. Bolsonaro elogiou Rebelo por sua recente viagem à Amazônia, deixando em aberto o convite para um futuro cargo no Ministério da Amazônia, caso rebata sua inelegibilidade e retorne ao Planalto em 2027.
A relação entre Bolsonaro e Rebelo, no entanto, não é tão recente quanto parece. Em maio, Bolsonaro fez questão de comparecer ao lançamento de um livro de Rebelo em Brasília, uma cena que não passou despercebida e gerou questionamentos.
Rebelo, ex-filiado ao PT e outrora um aliado histórico da esquerda, ocupou cargos estratégicos no governo Lula, como o de ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, e serviu como ministro dos Esportes, Ciência e Tecnologia e Defesa durante a gestão Dilma.
Em março, numa entrevista ao Globo, o ex-ministro se posicionou contra o terceiro mandato de Lula e declarou que Bolsonaro seria alvo de “perseguição”, apontando os “mesmos protagonistas” que, segundo ele, trabalharam para excluir Lula da política e agora “tratam de excluir o Bolsonaro”.