Ex-presidente criticou “agenda woke” em prova que abordou herança africana, justiça social e questões progressistas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, realizado neste domingo (3), por seu foco em temas sociais nas questões abordadas. Bolsonaro acusou a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de promover uma “agenda woke”, termo associado a pautas progressistas como justiça social, igualdade racial, direitos LGBTQIA+, feminismo e questões ambientais.
Bolsonaro declarou que o governo Lula estaria tentando influenciar a mentalidade dos jovens brasileiros, alegando que a atual gestão intensifica uma “doutrinação ideológica” que ele considera prejudicial. “A doutrinação ideológica que o sistema acusava os outros de fazerem segue agora mais forte que nunca na gestão do filho que alçaram ao poder”, afirmou o ex-presidente.
Além das críticas à “agenda woke”, Bolsonaro contestou a escolha do tema de redação do Enem 2024, “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Segundo ele, essa escolha estaria associada ao que chamou de “subdesenvolvimento”, atribuindo às forças progressistas a intenção de impedir o avanço do país. Junto à mensagem, o ex-presidente colocou em destaque a foto de Lula ao lado do atual ministro da Educação, Camilo Santana.
O Enem 2024 contou com a participação de mais de 4,3 milhões de inscritos, de acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana. No primeiro dia, os candidatos responderam a 90 questões, divididas entre linguagens (língua portuguesa, literatura e língua estrangeira) e ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia).
A segunda fase do exame acontece no próximo domingo (10), com questões de matemática e ciências da natureza.