Bolsonaristas enxergam ‘golpe duro’ em anistia após explosões no STF

Bolsonaro alegou que o caso demandava “reflexão” e sugeriu que o ato poderia ter sido causado por problemas de saúde mental

Na noite de quarta-feira (13), deputados bolsonaristas expressaram, em grupos de WhatsApp, o receio de que as explosões na Praça dos Três Poderes possam minar as chances de aprovação do projeto de lei que propõe anistiar os condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro na Câmara dos Deputados.

Segundo informações divulgadas pela Folha de São Paulo, dois grupos com parlamentares de oposição, revelaram preocupações sobre o impacto do atentado na tramitação da proposta.

Em um dos grupos, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) compartilhou uma imagem do suspeito da explosão — identificado como Francisco Wanderley Luiz, um ex-candidato a vereador pelo PL — e lamentou: “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp”.

Em resposta, o deputado Capitão Alden (PL-BA) comentou que o episódio eliminou “qualquer possibilidade de aprovar a anistia” e previu que o inquérito das fake news será “prorrogado ad eternum”. Eli Borges (PL-TO) escreveu, em tom irônico, que a ação do suspeito mais “atrapalhou do que ajudou” e previu que o ministro do STF Alexandre de Moraes usaria o caso para justificar medidas mais duras.

Para os bolsonaristas, o projeto de anistia dos envolvidos no 8 de janeiro é uma bandeira importante, e a resposta das autoridades ao atentado pode dificultar ainda mais sua aprovação.

Em uma reação ambígua, o ex-presidente Jair Bolsonaro também se pronunciou nesta quinta-feira (14), lamentando a morte do suspeito e declarando-se contra “qualquer ato de violência”. Bolsonaro alegou que o caso demandava “reflexão” e sugeriu que o ato poderia ter sido causado por problemas de saúde mental do suspeito.

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