Senadora Leila Barros exige investigação rápida e aponta possibilidade de transfobia; polícia descarta hipótese e investiga envolvimento com facções criminosas
A Bancada Feminina no Senado emitiu uma nota pública exigindo uma apuração “rigorosa e rápida” do assassinato de Santrosa, cantora e suplente de vereadora em Sinop (MT), encontrado degolada na zona rural da cidade no último domingo (10). O crime chocou a comunidade local e gerou repercussão nacional.
A nota, assinada pela senadora Leila Barros (PDT), líder da bancada, manifesta preocupação com a possibilidade de o assassinato ter sido motivado por transfobia, destacando o histórico de violência contra a comunidade LGBT. “Exigimos das autoridades estaduais e federais a apuração rigorosa e rápida dos fatos, garantindo justiça e segurança para as pessoas LGBTQIAPN+ em nosso país”, diz o texto. A manifestação também aponta que o Brasil continua entre os países com o maior número de mortes de pessoas trans, uma realidade que, segundo a Bancada, exige políticas públicas de proteção, educação e conscientização.
Porém, o delegado Bráulio Junqueira, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop, responsável pela investigação, descartou a hipótese de transfobia. Em entrevista, o delegado afirmou que ainda é cedo para confirmar as motivações do crime, mas indicou que a investigação está focada em outras linhas, como conflitos entre facções ou o envolvimento de Santrosa com o crime organizado.
A Polícia Civil informou que a vítima havia saído de casa por volta das 11h do sábado (9) e não retornou, apesar de ter um show marcado para a noite. Familiares relataram que ela não compareceu ao evento. O corpo de Santrosa foi encontrado em uma área de mata, a cerca de oito horas de sua morte, com sinais de ferimentos em várias partes do corpo.
Até o momento, a polícia não identificou ou localizou nenhum suspeito do crime. A investigação continua em andamento, e as autoridades locais seguem buscando esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte de Santrosa.