Atropelada três vezes pelo ex, mulher é vítima de feminicídio no dia do aniversário

Apesar das declarações do governador Ibaneis Rocha (MDB) de que o governo está dedicado ao combate à violência contra a mulher, os dados revelam uma realidade preocupante

Juliana Barboza Soares comemorava seu 34º aniversário em um salão de festas no Gama, na noite de terça-feira (20), acompanhada pela filha de 5 anos e pela mãe, Maria do Socorro Barboza Soares, de 60 anos. Por volta das 23h, quando as três estavam saindo do evento, um carro em alta velocidade se aproximou e atropelou as mulheres.

Juliana foi fatalmente atingida e morreu no local. A mãe e a filha foram socorridas e estão fora de perigo. O principal suspeito é Wallison Felipe de Oliveira, de 29 anos, ex-companheiro de Juliana.

Momentos antes do atropelamento, Wallison invadiu o salão, que fica próximo à residência de Juliana. Testemunhas relataram que ele estava claramente irritado por não ter sido convidado para a festa. Em resposta à situação com o ex-namorado, Juliana decidiu deixar o evento mais cedo com a filha e a mãe.

Na saída, Wallison dirigiu seu carro sobre o meio-fio e atropelou as três mulheres que estavam na calçada. Após o primeiro impacto, ele deu a volta e voltou a atropelar Juliana duas vezes. Câmeras de segurança da área registraram o momento em que o suspeito cometeu o crime e fugiu do local.

A criança foi encaminhada ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A avó, que sofreu fraturas no braço, foi levada ao Hospital Regional do Gama (HRG) e está em estado estável. Juliana faleceu no local e deixa duas filhas.

DF apresenta dados alarmantes

Apesar das declarações do governador Ibaneis Rocha (MDB) de que o governo está dedicado ao combate à violência contra a mulher, os dados revelam uma realidade preocupante. Em 2023, foram registradas 34 vítimas, representando um aumento de 100% em comparação a 2022, e as tentativas de feminicídio subiram de 37 para 78. No primeiro semestre de 2024, o Distrito Federal registrou 8 casos de feminicídios, que resultaram na orfandade de 21 pessoas, principalmente crianças e adolescentes. Para o segundo semestre, o caso ilustra que, infelizmente, a situação está longe de mudar.

 

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