Amorim mencionou que o governo brasileiro acredita que Trump não deve adotar uma postura fortemente protecionista em seu mandato
O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira (6) que a relação entre o governo brasileiro e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, será “pragmática”. Após um intervalo de quatro anos, Trump, aos 78 anos, volta ao poder como o 47º presidente dos EUA, vencendo Kamala Harris, candidata democrata, com 277 delegados, segundo projeções.
Amorim mencionou que o governo brasileiro acredita que Trump não deve adotar uma postura fortemente protecionista em seu mandato, apesar do histórico imprevisível e agressivo do magnata em questões de política externa. Para ele, a relação entre Lula e Trump será baseada em uma “pragmatismo” que, ao que parece, ignora as turbulências e embates frequentes provocados pela retórica e ações do líder republicano no cenário internacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou o novo líder dos EUA com uma mensagem no X, destacando que “a democracia é a voz do povo e deve ser sempre respeitada”. Lula escreveu: “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo.”
Esse tom amistoso de Lula e Amorim soa, para muitos, como uma tentativa de apagar as contradições e tensões que a administração Trump inevitavelmente traz ao cenário global. O otimismo cauteloso da diplomacia brasileira contrasta com as profundas divisões e o impacto polarizador da liderança de Trump.