Atualmente, o projeto do VLT está em análise pelo Tribunal de Contas do DF, com um custo previsto de mais de R$ 2 bilhões
Uma década após a Copa do Mundo de 2014, as obras prometidas para o evento em Brasília e em outras partes do país ainda permanecem incompletas. Um dos projetos mais emblemáticos, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que tinha o objetivo de ligar o aeroporto ao Plano Piloto, continua vivo apenas no imaginário dos brasilienses.
A parte de implantação do VLT na via W3 Sul, uma das principais vias da capital, começou em 2019, pela Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal, após anos de atraso. Isso porque mesmo com o projeto, originalmente orçado em R$ 276 milhões, tendo iniciado em 2009, durante o governo de José Roberto Arruda, ele acabou sendo embargado em 2011 devido a suspeitas de irregularidades no processo de licitação, o que acarretou na anulação do contrato de execução.
Como medida alternativa, o governo entregou a tempo da Copa o sistema BRT (Bus Rapid Transit), em junho de 2014, cuja implantação ocorreu gradualmente na cidade.
Atualmente, o projeto do VLT está em análise pelo Tribunal de Contas do DF, com um custo previsto de mais de R$ 2 bilhões, incluindo 24 estações ao longo de 16,3 km de vias, entre a Hípica e o Terminal da Asa Norte, com uma segunda fase prevista para estender a linha até o aeroporto.
Além do VLT, outras obras, como a expansão do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, foram concluídas a tempo da Copa. No entanto, projetos como os túneis entre o centro de convenções e o estádio Mané Garrincha ainda não foram finalizados.
Apesar de avanços, como a entrega de cinco estações de metrô na Linha Verde desde 2014 e a recente assinatura de contrato para a expansão da Linha Samambaia, que contemplará 10 mil pessoas, a realidade mostra que muitas promessas feitas para o evento esportivo ainda aguardam sua concretização, deixando um legado de obras inacabadas e pendentes.
Brasília e Luziânia
No início deste mês, a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados discutiu, em uma audiência pública, a implantação do VLT que ligará as cidades de Brasília (DF) e Luziânia (GO). No encontro, engenheiros da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) compartilharam os detalhes do projeto, que tem um custo estimado de aproximadamente R$ 500 milhões.
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