Após demora, Governo Lula fecha acordo com servidores do INSS em greve

Os servidores do INSS estão em greve, reivindicando melhores condições de trabalho e reconhecimento da carreira

Com uma forte pressão para solucionar a greve do INSS, o governo Lula (PT) assinou no fim da tarde desta quarta-feira (28), acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e espera pôr fim à greve no instituto.

A assinatura da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), está prevista para quinta-feira (29) pela manhã.

Porém, a terceira entidade representante da carreira do seguro social, a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), tem adotado mais cautela sobre o acordo e ainda vai realizar plenárias.

A negociação foi destravada após intermediação direta do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto

A greve

Desde 16 de julho, os servidores do INSS estão em greve, reivindicando melhores condições de trabalho e reconhecimento da carreira. A paralisação tem causado preocupação no governo, que recorreu à Justiça para evitar impactos na prestação dos serviços.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, no final de julho, que a greve não deve prejudicar os serviços essenciais, exigindo que cada agência do INSS mantenha pelo menos 85% das equipes em funcionamento. A desobediência a essa determinação pode acarretar uma multa diária de R$ 500 mil.

As entidades que representam os servidores do INSS, como a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência (Sindisprev), afirmam que o governo tem limitado as negociações à questão salarial, sem abordar os temas centrais da paralisação.

Os grevistas afirmam que a principal motivação da greve é o reconhecimento da carreira do seguro social e da política previdenciária como partes essenciais do núcleo estratégico do Estado.

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