Anielle Franco prestará depoimento à PF sobre escândalo envolvendo Silvio Almeida

Silvio Almeida também será ouvido, a data para seu depoimento ainda não foi marcada

A Polícia Federal irá ouvir nesta quarta-feira (2), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, no âmbito da investigação que apura acusações de assédio sexual contra o ex-ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Almeida foi demitido no dia 6 de setembro, após a ONG Me Too Brasil divulgar que havia recebido denúncias contra ele, que nega as acusações.

Anielle Franco é uma das vítimas e já relatou o ocorrido a outros membros do governo. Embora Silvio Almeida também deva ser ouvido, a data para seu depoimento ainda não foi marcada.

Segundo informações do GLOBO, a PF planeja implementar um novo protocolo para a investigação, visando proteger as denunciantes e evitando que elas tenham que recontar suas experiências diversas vezes ao longo do processo.

Com essa abordagem, os depoimentos coletados serão considerados definitivos e poderão ser usados na fase judicial, caso as evidências de crime sejam confirmadas e a denúncia seja aceita pela Justiça.

Essa mudança de protocolo visa evitar que as vítimas revivam traumas em diferentes momentos, uma preocupação que reflete a urgência em lidar com casos de assédio e abuso sexual de forma mais sensível e eficiente.

A cúpula da PF vê esta investigação como uma oportunidade para estabelecer um padrão para futuras apurações de assédio, importunação ou abuso sexual.

Anielle

Na semana passada, Anielle Franco foi vista emocionada ao abraçar a nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, durante sua posse no Palácio do Planalto. Evaristo, que sucede Almeida, já manifestou a intenção de criar mecanismos que evitem a repetição de situações semelhantes e destacou a importância de preservar o sigilo das denunciantes.

Após a demissão de Silvio Almeida, Anielle Franco enfatizou que “não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência”. Em uma nota publicada em suas redes sociais, a ministra pediu respeito à privacidade das vítimas e elogiou a rápida ação do presidente Lula em relação ao caso. “Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto”, afirmou.

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