A vida oculta do Senador: traições, calotes e abandono dos filhos

O comportamento avesso do senador alagoano que passa imagem de bom moço para o eleitorado

Por Mino Pedrosa

O controverso candidato ao governo de Alagoas pelo União Brasil, Rodrigo Cunha, está com os holofotes jogando luz em fatos que revelam o caráter e personalidade de um homem que abandonou a esposa Lavínia Cavalcante grávida passando a viver uma vida paralela de luxo e casos com amantes.

Poucos sabem o que o inexpressivo senador Rodrigo Cunha fez nos quatro primeiros anos em que ocupou uma das três cadeiras destinadas ao estado de Alagoas no Senado, mas todos sabem a forma vil como Cunha tem tratado sua família.

Jantares mais R$ 1 mil pagos com dinheiro público no Massarela, um luxuoso restaurante em Maceió, capital do estado, e com viagens ditas “oficiais” para Nova Iorque (nos EUA) e Moscou (na Rússia), Rodrigo Cunha tem aproveitado todo o céu que Brasília lhe ofereceu, mas não se envergonha de delapidar os cofres públicos.

Só que enquanto o político duas caras de Alagoas curtia o céu com o dinheiro do contribuinte, Rodrigo Cunha transformou a vida de sua própria família em um inferno.

As constantes traições à esposa são conhecidas, mas o virulento candidato chegou a se superar e a trair a companheira com a própria prima e ainda deixou de pagar cerca de R$ 1,2 milhão à sua ex-mulher Lavínia por um trabalho advocatício prestado, mas nunca remunerado.

Os detalhes de sua conduta leviana estão contidos no processo movido pela mãe de seus filhos e que foi obtido pela reportagem. Na ação, Lavínia relata que prestou consultoria em alguns processos complexos, tanto administrativos junto à Câmara Federal, quanto judiciais.

Hoje, ela cobra os mais que merecidos honorários advocatícios, sonegados pelo próprio marido.

Após separação, a advogada também informou ao Judiciário que Cunha decidiu não partilhar os bens que também tinha sido construído por Lavínia.

Além de tudo isso, Rodrigo Cunha ainda é acusado de ocultar patrimônio para não dividir os bens com Lavínia e de não pagar pensão aos filhos. O ato criminoso, porém, não é estranho, já que o ardiloso político é conhecido por não pagar suas dívidas, já que pesa sobre a sua biografia um processo do próprio condomínio em que mora, por ter deixado de pagar cerca de R$ 1.600.

Um episódio inusitado também levou seu nome a figurar como mau pagador, quando suas “bandeirinhas” de campanha fecharam uma rua de Maceió para protestar contra atrasos no pagamento. Os vídeos da situação ganharam os noticiários nacionais.

Poço de contradições, o candidato sem escrúpulos também se rendeu às maravilhas oferecidas pelo poderoso Centrão. Se antes chegou a votar contra o Fundo Eleitoral, numa cambalhota política, o senador abandonou o PSDB à beira da estrada em troca de mais de R$ 6 milhões do Fundão do União Brasil, partido comandado no estado por Arthur Lira, presidente da Câmara.

Do seu novo chefe, Cunha recebeu também os créditos de R$ 54 milhões do orçamento secreto. Fazendo parte, de um acordo com a ex-candidata a presidente da República Simone Tebet, no maior caso de corrupção da história do Brasil.

Mino Pedrosa

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